Labirinto é um livro diferente. Nele, os desenhos de Alex e os poemas de Beatriz dialogam sem hierarquia: nenhuma das linguagens artísticas está a serviço da outra. Nem mesmo o fato de haver 40 desenhos e 40 poemas significa uma correspondência unívoca: não há um poema e “seu” desenho nem vice-versa. As relações entre as obras presentes no livro são sutis e polissêmicas, e estimulam inúmeras (e labirínticas) leituras. Alex e Beatriz são artistas que se admiram. Ambos têm em comum a dedicação compulsiva ao trabalho e contam hoje com um enorme repertório de poemas e desenhos produzidos desde os eletrizantes anos 80, 90, até hoje. Alex já mostra seu trabalho há mais de 30 anos, em exposições no Brasil e exterior e em livros. Este Labirinto é a primeira reunião em livro dos poemas de Beatriz, embora há mais de uma década muitos deles sejam escutados e celebrados em eventos paulistanos.