Jaqueline Camargo veste a camisa da poesia como poucos. Sua página, Poemarcante, é alimentada quase todos os dias, atraindo poetas e curiosos do Brasil e até do exterior. O nome, espécie de “longilogismo”, faz alusão
ao mar, à poesia e à marca da experiência emotiva, sempre presente em suas palavras. Assim como alimenta as páginas, sua produção pessoal é intensa. Os poemas aqui reunidos, escritos ao longo de mais de cinco anos, fazem parte de um universo ainda maior. Eles falam principalmente de vivências —
reflexões, memórias, aprendizados afetivos — próprias e de pessoas à sua volta. Como estudante de Psicologia, a autora quer estabelecer relações para sentimentos que se sustentam na autoestima ou na falta dela, na entrega ou na reserva. Mas trata-se de uma linha tênue — uma libertação que apenas se busca —, pois os enganos do “sentir” e do “pensar” provavelmente continuarão a existir. Segundo ela, em sua poesia há toda “uma coleção de momentos e sentimentos” que a permitem experimentar palavras de acordo com sua própria perspectiva: a de alguém
que se afeta e empatiza com o outro, vendo-se ainda numa “constante iniciação” para o aprendizado da vida.
Jaqueline Camargo é paulistana, moradora do bairro de São Mateus, nascida em 1999. Em 2015, aos 16 anos, criou nas redes a página Poemarcante, hoje com mais de 40 mil seguidores. O maior desse crescimento de público se deu em 2016, quando teve os poemas
compartilhados na página Moça, você é mais poesia que mulher, dos poetas — que viraram grandes amigos — Douglas Jefferson e Ester Barroso, página que já atinge quase 2,5 milhões de seguidores. A boa receptividade também a levou, ainda em 2016, a registrar seus poemas na Biblioteca Nacional, em uma primeira versão deste livro. Em 2017, iniciou o curso de Psicologia como
bolsista na Universidade Nove de Julho e hoje se divide entre as duas atividades, além de um trabalho recém-iniciado.
